segunda-feira, 30 de junho de 2008

Boa sorte, craque!


Hoje, é um dia histórico para o futebol brasileiro e também para o Clube de Regatas Vasco da Gama. Hoje, é o dia em que um jogador veste a cartola. É o dia em que Roberto Dinamite, um dos maiores ídolos do Vasco, assume a presidência do Cruzmaltino.

Dinamite, dentro de campo, foi extraordinário. Batia faltas, fazia gols e costumeiramente chamava a responsabilidade para si. Não me lembro de uma amarelada desse eterno camisa 10 do Vasco da Gama. Lembro-me de atuações questionáveis na seleção brasileira, mas Roberto, em clubes, sempre foi extraordinário.

Agora, Dinamite precisará implodir muros invisíveis, resistências disfarçadas e dívidas desorganizadas nas alamedas da Colina de São Januário. O 10 do Vasco necessitará de apoio dentro e fora do clube. Pode até ser uma tarefa aparentemente fácil, mas de difícil manejo. A voz das arquibancadas estará inicialmente com Dinamite, as penas de famosas escribas também. E boa parte do conselho vascaíno dará o seu voto de confiança a quem um dia já chamou de craque.

Mas Roberto não deveria se iludir com a lua-de-mel. Ela tem prazo de validade. Sem dinheiro em caixa, com um time limitado e com um técnico de traquejo antigo, o Vasco precisará brigar muito para ficar com uma vaga na Sul-Americana. Libertadores será um sonho de verão e os vascaínos terão dificuldades em engolir, ao que tudo indica, a presença de rivais no ano que vem na competição mais importante do continente. A saber: Flu e Fla.

Roberto tem tudo para dar certo se tiver a mesma humildade vista em duas singelas ocasiões. Depois de ser campeão brasileiro pelo Vasco em 1974, Roberto foi para o Barcelona. Não deu certo. Mas calçou as chuteiras da humildade e brilhou em seu retorno, marcando cinco gols no Maracanã contra o Corinthians. Depois, sem espaço com a chegada de Bebeto no fim dos anos 80, aceitou vestir a camisa 10 da Portuguesa e só não foi artilheiro do Brasileiro de 1989 por força e obra de uma arbitragem esquisita em um clássico contra o Santos na Vila Belmiro.

Em outras palavras Dinamite, descanse os pés e use a cabeça. No mais, boa sorte, craque!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Xicó Espingarda e o Leão


Xicó é um sujeito danado. Tem quase 15 dias que Xicó não larga do meu pé. Vive me dizendo que lugar bom de ver jogo é na Ilha. Nada de Aflitos. Nada de Mundão do Arruda. Bom mesmo é ver futebol na Ilha do Retiro. Eu, desconfiado que sou, nunca aceitei convite de Xicó. Sempre pensei cá comigo, Xicó é figura, é malandro, não dá para confiar no que o sujeito diz. Mas ontem aceitei a oferta de Xicó. E o sujeito estava impossível, confesso.

Primeiro, Xicó arrumou dois ingressos não sei como. Diz que pagou R$ 20 pelos dois. Eu, particularmente, duvido. Se cada um custa vintão, como é que Xicó arrumou dois pelo preço de um? Mas não havia como dar um pio. Afinal, Xicó tinha as entradas.

Então, encontrei Xicó às 7 da noite perto do Estádio dos Aflitos. Pegamos o carro e nos mandamos para a Ilha do Retiro. Eu ao volante e Xicó no passageiro. E fomos batendo papo, quando Xicó soltou sua pérola, dois a zero para o Leão. Eu, acostumado a ver o Timão em campo, duvidei de novo de Xicó. Expliquei que não deveria dar como favas contadas, porque o Sport Club Corinthians Paulista costuma ser de difícil trato. Xicó zombou. E ainda disse que vocês lá do Sul têm a mania de nos desmerecer. Balancei negativamente com a cabeça e Xicó ficou furioso. Desceu a lenha e começou a enveredar por um discurso que não me agradava nada, mas como já estávamos em direção ao estádio, deixei para lá.

Chegamos. Xicó viu a escalação e disse que Nelsinho havia pisado no tomate. Eu concordei. Passou 20 minutos de jogo e nada do Leão soltar o seu rugido. Foi quando Nelsinho passou de besta a bestial e meteu um terceiro atacante. Pronto. Foi um pó de pirimpimpim ou sei lá. E o time voltou a jogar bola. Xicó comemorou o primeiro, chorou no segundo e com a manga da camisa ensopada de suor, o cabra macho do agreste enxugou a primeira lágrima. Conteve a segunda. Parou a terceira. E veio o intervalo, começou a segunda fase e Xicó já não distinguia lé de cré. Já vivia um misto de emoção.

Eu olhei para o cabra. Sua boca estampava um riso maroto, mas seus olhos já lacrimejavam. E quando o juizão pediu a bola, Xicó não sorriu, Xicó não chorou, ou Xicó chorriu ou Xicó sorou. Ainda não sei. Mas ainda assim meio em êxtase, o cabra da moléstia ainda reuniu forças para dizer: "Não foi o Timão que perdeu. Foi o Sport(i) que ganhou". Concordei. Foi isso mesmo, Xicó Espingarda. Parabéns!

(Foto Globo.com)

terça-feira, 3 de junho de 2008

Brasileiro de 1984

Não é uma quarta-feira comum. Hoje, é um dia histórico para este time chamado Fluminense Football Club. O Tricolor das Laranjeiras, que já teve o "Expresso da Vitória" com Félix, Carlos Alberto, Rivelino, Paulo César Caju e tantos outros, tem tudo para viver uma noite memorável no estádio Mário Filho. E já que o assunto é memória. Vamos lembrar de um time fantástico do Flu. Uma esquadra que deu ao Tricolor o seu único campeonato brasileiro. Com vocês, o gol histórico de Romerito contra o Vasco da Gama na final do Brasileirão de 1984.

domingo, 1 de junho de 2008

Um goleiro chamado Rodolfo

Essa é para matar saudades! Talvez tenha sido umas das mais fantásticas defesas já realizadas no futebol mundial. Com você, Santos x América de São José do Rio Preto e o inesquecível arqueiro uruguaio Rodolfo Rodriguez.