segunda-feira, 16 de junho de 2014

Alemanha x Argentina!

   A primeira rodada da Copa do Mundo no Brasil está quase no fim e já fica claro que existe uma evidente divisão entre "Times" e "Elencos". Time é aquele grupo de jogadores semelhantes no que diz respeito à qualidade técnica, muitas vezes em pouca quantidade, mas que tem um astro na ponta da chuteira quando o jogo fica duro. E elenco é àquela turma também homogênea do ponto de vista de qualidade, mas em maior número e que também muitas vezes não tem um jogador que possa ser batizado assim de maneira incontestável como craque! 

   Então, na ponta de cá, dos Times, quem puxa a fila é a Argentina, mas seguido de perto por Brasil, Itália e Bélgica... Chile, Croácia, Colômbia, Costa do Marfim, Suíça, Portugal e Bósnia também fazem parte da turma dos Times... Na ponta de lá, das equipes, quem logo se destaca é a Alemanha, seguida por Espanha, França e Holanda.

   Dessas 15 seleções, já há um grupo que mostra claramente que o caneco é seu objetivo. A saber: Alemanha, Argentina, Brasil, França, Holanda e ainda evidentemente a Espanha. Dessas, o "Elenco" aparece muito bem representado pela Alemanha, depois pela Holanda e surpreendentemente pela França. Já entre os "Times", quem surge, claro, é a Argentina, seguida logo atrás do Brasil!

   Mas o que aconteceria se afunilarmos ainda mais essa análise? Para o dBico, quando se espreme aparece categoricamente a Alemanha e no canto oposto a Argentina. Não há como negar o nível alemão no que diz respeito à qualidade técnica, que é alta, altíssima! Mas o que chama a atenção é a quantidade de grandes jogadores à disposição de Joachim Löw, o técnico. 

   Na incontestável goleada frente os portugueses, um sonoro quatro a zero, Löw não lançou mão de Bastian Schweinsteiger e nada aconteceu com seu meio de campo. Também não precisou usar Miroslav Klose no ataque e nem por isso seu poderio ofensivo foi afetado. Perdeu o candidato a excelente jogador no futuro, Reus, em um amistoso e suas criações pelos lados continuaram intocáveis. 

   A Alemanha, que talvez seja uma das poucas nações que goste de usar a palavra planejamento à exaustão, chega à Copa do Mundo no Brasil madura, uma vez que a rodagem necessária a boa parte desse elenco foi feita no Mundial anterior, o da África do Sul. Neuer, Boateng, Schweinsteiger, Khedira, Özil e Müller desembarcam experientes e prontos para dar consistência à espinha dorsal germânica, que ainda recebe a companhia do veterano Klose e a jovialidade de Götze. Em outras palavras, está pronta para conquistar seu quarto título mundial!

   Então, o que poderia atrapalhar a vitória teuta em solo verde-amarelo? Uma rápida passada d'olhos e com uma boa dose de previsão, pode-se facilmente imaginar que a Alemanha passaria em primeiro e assim avançaria até as quartas-de-final onde enfrentaria a promissora seleção da França. Um confronto difícil, sem dúvida! 
"Mas uma eventual final entre Alemanha e Argentina, como vimos em 1986 e 1990, a tendência é que a eficiência germânica de 90 se repita e não a genialidade argentina de 86."
   Mas o pior ainda estará por vir... Sempre no campo das probabilidades, o time de Löw reúne boas condições de pegar pela proa os donos da casa, o Brasil, em uma das semifinais. E é aí que a sorte literalmente poderá entrar em campo. Jogar contra o time da casa nunca é moleza. É pressão, é torcida, é tudo sempre diferente... Tão complexo que às vezes até um grande árbitro pode se complicar em um lance bobo, como já vimos nesse Mundial e em outros tantos!

   No entanto, caso a Alemanha consiga vencer o Brasil, não será a genialidade de Lionel Messi que irá pará-la. Sim, porque há enormes chances de a Argentina estar no Estádio do Maracanã na finalíssima. A Argentina tem um grande poderio ofensivo, não resta qualquer dúvida, mas seu lado esquerdo apresenta falhas e seu miolo de zaga não é dos mais confiáveis. 

   É óbvio que é projeção! Evidente! Mas uma eventual final entre Alemanha e Argentina, como vimos em 1986 e 1990, a tendência é que a eficiência germânica de 90 se repita e não a genialidade argentina de 86. Para a genialidade entrar em campo em 2014, necessitaria de uma pane seca teuta, o que para este blog é muito difícil! 

   Mas em todo caso é só o começo do Mundial no Brasil. Por isso, quem no momento comanda o espetáculo é só a Probabilidade mesmo e nada mais! A ver...

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