segunda-feira, 7 de julho de 2014

O xadrez de Felipão!

   Luiz Felipe Scolari está longe de ser um Garry Kasparov! Mas seria interessante buscar alguma inspiração junto aos movimentos no tabuleiro desse famoso enxadrista russo para talvez dar um xeque-mate na Alemanha.

   O Brasil sem Neymar Júnior não é um time comum. Nunca a Seleção Brasileira será um time comum! Mas o Brasil sem Neymar é um time sem referência. Referência na acepção da palavra... Referência, porque o Brasil nos últimos três anos jogou para e viveu da inspiração de Neymar Júnior. 

 Nem Felipão e tampouco Mano Menezes testaram ou procuraram inventar alternativas, caso a Seleção viesse a ficar sem sua estrela momentaneamente maior. E é aí que o problema vira uma grande dor de cabeça para Luiz Felipe. 

"Vai que... Fred me aparece em um dia de Zé Alcino!"

   Diante do enigma da esfinge, mudar ou manter, seria interessante Felipão não abrir mão de suas convicções. Não é o momento... É sim a hora de Luiz Felipe se lembrar do Criciúma que treinou no início dos anos 90, do Grêmio de meados da também década de 90 e ainda do Palmeiras vencedor do fim da mesma década.

  Quer bancar um avante de referência? Então, banque Felipão! Quer trancar o setor de meio-campo? Não faça cerimônias, Luiz Felipe... Tranque!

   A única maneira de o Brasil eliminar a Alemanha é anular a troca de passes teuta no meio-campo. Se os germânicos tiverem a liberdade de armar o jogo, a Seleção Brasileira não vai dar conta da movimentação. 

  Jogar aberto contra a Alemanha? Negativo, Felipão! Escale Luiz Gustavo, Paulinho e Fernandinho e acabe com a troca de passes alemã. Mantenha Maicon na direita e impeça a evolução de jogo de Ozil por ali. Alinhe Hulk pelo lado esquerdo e deixe Lahm de cabelos em pé. 

"Nunca a Seleção Brasileira será um time comum!"

   Agora, para o contra-golpe funcionar à moda Jairo Lenzi, Luiz Felipe, é preciso refletir entre Oscar e Willian. O primeiro já teve chances demais e pouco produziu, enquanto o segundo parece doido para alimentar o ataque. 

   E o ataque, hein? O que fazer? A tendência seria abrir mão de Fred, mas acredito que a responsabilidade é tamanha e a dívida do atacante também que valeria a pena insistir. Vai que... Fred me aparece em um dia de Zé Alcino!

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