terça-feira, 24 de junho de 2014

Chi-chi-chi-le-le-le...?

   Brasil e Chile, Chile e Brasil... Sábado, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG), as duas seleções sul-americanas terão oportunidade de medir forças e saber afinal quem seguirá vivo no Mundial de 2014. Mas por que o Chile preocupa tanto a comissão técnica da Seleção Brasileira?

   Luiz Felipe Scolari já disse que os chilenos poderiam complicar o Brasil há um bom tempo e na coletiva de imprensa após o jogo diante de Camarões manifestou a mesma preocupação. Mas por quê? 

   Uma das razões para este blog tentar esboçar qualquer explicação, começa justamente no banco de reservas. Jorge Sampaoli, o treinador argentino do Chile, é um desses técnicos que merece todo respeito. 

   Sampaoli ousou há dois anos com a Universidad de Chile, a La U, e arrancou aplausos de quem gosta de futebol... Troca de passes, grande presença de jogadores na proximidade da grande área adversária, aceleração no contra-ataque... Tudo isso Sampaoli fez no comando da La U, tanto que topou o desafio de treinar o Chile!
"... não há canto da sereia em relação ao Chile e tampouco há supervalorização do simpático país andino. O que há é reconhecimento."
   Mas a história não se resume ao banco de reservas. O Chile é perigoso porque, além de imprimir o mesmo estilo de jogo da La U, tem excelente qualidade no setor de criação. Aránguiz, que ainda dará muitas alegrias aos Colorados, faz uma excepcional parceria com Vidal, da Juventus da Itália.

   Vidal inicia com esmero o jogo dos chilenos a partir do campo de defesa. Mena, do Santos, apóia com consistência pelo lado esquerdo. Sem contar as boas atuações do novo goleiro do Barcelona, Bravo, que até outro dia defendia o também espanhol Real Sociedad.

   No ataque? Aí, o desconforto só aumenta. Alexis Sánchez, do Barcelona, e Vargas, do Valência, incomodam bastante as defesas adversárias. 

   No entanto, não há canto da sereia em relação ao Chile e tampouco há supervalorização do simpático país andino. O que há é reconhecimento. O Chile, de fato, tem um estilo de jogo que poderá atrapalhar o Brasil.

   A Seleção de Felipão não marca bem pelas laterais. Mena e Vargas que caem pelo setor de Daniel Alves vão causar problemas. Do outro lado, há Vidal e Sánchez. No meio, jogando perto de Luiz Gustavo poderá pintar Silva, do Osasuna, ou Valdívia, do Palmeiras. Ainda há alguma chance de Beausejour, do Wigan. 

   Portanto, é preciso reconhecer o quão complicado será o próximo adversário do Brasil, apesar do retrospecto mandar dizer que sim, o Brasil é favorito de longe e de perto. Não há dúvida! 

   Mas é claro que retrospecto não ganha jogo. Portanto, precisamos evoluir na cobertura pelos lados do campo e na distribuição de jogo pelo meio... Mas isso o fim da partida diante de Camarões poderá ajudar Luiz Felipe, não é mesmo Felipão?

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