segunda-feira, 30 de junho de 2014

Respeito: O nosso maior adversário!

   Ah, o futebol... Esse esporte que muitas vezes traduz à perfeição valores, costumes e crenças de uma sociedade. É ali sob forte emoção que acabamos por externar o que realmente pensamos, acreditamos sobre este ou aquele, sobre isto ou aquilo!

   Ah, o futebol... Sem ele, certamente um País como o nosso, continental como o nosso, teria registrado mais dificuldades em se ver como nação, principalmente nos anos de vacas magras, os anos 80! Inflação galopante, corrupção crescente, autoestima no subsolo... Ah, se não fosse o futebol, que de quatro em quatro anos nos renovou, nos ajudou a nos ver como cidadãos dessa "pátria amada, Brasil!".

   Esse mesmo esporte que nos joga na cara, como um chute certeiro em direção ao gol, a quantas anda a nossa noção de respeito para com o outro. Sim, respeito! Não, não estou falando de educação. Educação é uma outra história, um outro conto, um outro tanto...

   Respeito! Palavra simples, verbalizada por cada um de nós quase que diariamente, mas que some quando o assunto é o outro. 

   Foi assim na abertura da Copa do Mundo no Brasil, quando muitos, centenas, acharam-se no sacro direito de jogar para escanteio o respeito que toda instituição naturalmente demanda de seus cidadãos. Não há democracia, séria, sem respeito às instituições, como naturalmente demanda a Presidência da República enquanto instituição que é.

   Mas não parou por aí! A falta de respeito também voltou a entrar em campo no último fim de semana no Estádio do Mineirão. Quando novamente centenas se arvoraram no direito de vaiar o hino de uma outra nação! Uma atitude ruim, inacreditável e lamentável! 

   Sem demagogia barata, mas se o anfitrião não consegue receber bem, quem o fará? Xingar com palavras de baixíssimo calão quem ocupa a presidência da República, vaiar o hino de um adversário momentâneo demonstra claramente que falhamos como nação. 

   Erra quem confunde agir visceralmente com complexo de vira-lata. Erra quem confunde adversário com inimigo. Erra quem confunde futebol com espaço público onde tudo é permitido, sob o fraco argumento da emoção! Erra e por conseguinte erramos todos!

   A Copa do Mundo no Brasil tem sido um sucesso, êxito mesmo. A infra-estrutura tão temida antes tem funcionado bem. Os estádios andam cheios. A festa nas metrópoles verde-amarelas, com um excesso ali e outro lá, tem nos ajudado a aumentar a simpatia mundial em direção ao nosso País!

  Definitivamente, não precisamos insultar ninguém, ofender ninguém e tampouco desrespeitar ninguém. Não precisamos faltar com respeito para vencer um jogo de futebol, uma competição ou ainda para mudarmos os rumos políticos do nosso País, se é isso que a maioria vier a desejar em outubro próximo.

  Quem faz disso um incentivo, um meio para conseguir o que deseja, sinaliza desgraçadamente mal. Demonstra ser conhecedor de um caminho ruim, escuro, com pouca ventilação e iluminação. 

   Quem faz disso um meio, uma bandeira, um sopro, despreza e menospreza o diálogo, o bom debate, a boa discussão! Quem faz disso um jeito não merece deste blog nenhum cortejo, nenhum amparo. Merece somente a desconfiança e a torcida para que enxergue que uma vez no túnel só há saída se luz existir em seu fim, caso contrário estará "preso" por um jogo, uma competição ou até uma vida!

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